Aqueles últimos minutos vazios que por vezes algumas faixas de músicas tiradas da Internet trazem lembram-me sempre, enquanto olho o contador de tempo, como ficar surda deveria ser a pior coisa que me poderia acontecer na vida. É absurdamente estúpido.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
YUN
Pontapé numa pedra, no balde, tropeçar.
Música aos berros. Ouvir.
Tomar, beber, quatro cafés por dia, meio maço de cigarros.
Lembrar-me, esquecer-me.
Saborear e cambalear. Amargar.
Sentir-me, frio, fria, quente, chuva.
Sentir-me, frio, fria, quente, chuva.
Olhar-me e olhar-me de novo.
Brincar, sorrir, rir e mentir.
Aborrecer-me, fantasiar, sonhar.
Tocar, cheirar, amar.
Pensar. O Pensar.
Faltar faltar faltar.
Brincar, sorrir, rir e mentir.
Aborrecer-me, fantasiar, sonhar.
Tocar, cheirar, amar.
Pensar. O Pensar.
Faltar faltar faltar.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
sábado, 17 de agosto de 2013
FIIV
Cuidas de mim e eu gosto tanto disso. Gosto tanto de ter o meu lugar na confusão que é a tua cabeça e da tua voz de boca semi-cerrada depois de passares por todas as minhas lamentações. Gosto tanto de ter o teu conforto sobre o meu nutrindo a incerteza de que sempre terei o teu brilho por perto. Gosto tanto do sorriso quase imperceptível ao telefone quando me contas das tuas traquinices, enquanto me relembro que posso perder tudo e qualquer coisa na vida. Gosto tanto quando mando uma mensagem triste e no mesmo momento ou em outro qualquer tentas entender o que aconteceu e quando eu respondo que não aconteceu nada, que apenas não acordei bem ou que era só outra parvoíce qualquer mínima e que sinto saudades tuas, respondes-me aliviada, a quase que a dizer que sou parva e tentas acalmar com outros assuntos. Contas-me histórias antigas e tolas e ainda falas do quanto eu implico ou digo coisas exageradas. Tudo o que era tristeza, torna-se alegria e eu começo a pensar, outra vez, no quanto já fomos e continuamos a ser uma para a outra. Uma da outra. És quem nunca me deixa sozinha e muito menos me vira as costas, apesar de a distância não ajudar. Sempre escutas o meu choro e cuidas dele como se fosse teu. Os meus problemas? Nunca preciso de me preocupar com nenhum, porque eu sempre soube que grave seria não ter pessoas como tu ao meu lado, todos os dias. Todos os dias, a nosso jeito. Sei que guardas cada detalhe fazendo entender que não ligas puto e dizes tudo do jeito que eu sempre quis ou mil vezes melhor. Eu sem ti, também sou parte inacabada, sou um espaço vazio que não quero ocupar com mais ninguém, sou amiga do alheio, espaço do nada que não serve para nada se não para a tua amizade. Tornas-te assim a melhor amiga, a miúda que me escuta chorar pelo fim do meu namoro e pelas inúmeras decepções que tive com cada um dos meus casos de amores mal resolvidos, tornas-te a cúmplice, a companheira, a miúda com quem eu me encontro uma vez ao ano e que me faz sorrir e chorar todos os mil minutos. Tornas-te num dos maiores e melhores, mais bonitos amores que sinto e com toda a certeza, não é amor que precisa de ser regado, é enraizado, sabendo que mesmo que tenha fases, durará mil vidas.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
CXX
Os amantes de relações falhadas sem escolha esperam sempre o tempo necessário, eventualmente a vida distraí-nos dos sentimentos, das dúvidas e tolda-nos a visão com o dia a dia e o dia sempre passa, um atrás do outro. Um mês, um ano, dois anos. O embrulho de acontecimentos entre o espaço de tempo de A a B é enorme e acarreta transformações gigantescas e o conhecimento acontece, abre-se a porta à passagem daqueles que por curiosidade ou por outra treta qualquer param; numa dessas paragens alguém ousa ficar por mais algum tempo, criam-se laços e a dado momento há uma saudável pressão exercida para que tudo dê certo. Talvez as relações não tenham que ser inicialmente perfeitas, talvez exijam muito trabalho, talvez não caiam no nosso colo só porque sim, talvez o amor nem sempre seja abrupto, pode acontecer devagarinho e se calhar também pode ser pensado.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
CVXQ
Tentei desculpar-me de todos os erros à minha volta e por vezes desculpar-me de todos os males que existem no Mundo, talvez por sentir que eu era mais um grão de areia que contribuiu para isso. Pedi-me desculpa durante imenso tempo sem nunca ter-me dado perdão. Quis perdoar-me intensamente e exageradamente em relação a tudo o que conheci sem realmente entender que o perdão não se conquista, merece-se. Eu já sabia não ser perfeita, mas fui realmente muito corajosa.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
VTTY
Aquilo que era suposto separar-nos, a nossa procura e o nosso fácil discernimento em visualizar desfechos, é precisamente o que nos aproxima. E ao fugirmos daquilo que supostamente não queremos, somos encurraladas na espiral das nossas próprias palavras, no entendimento que temos, uma face à outra. Eis o que nos une. Não vou rotular nada. Não devo, não quero. Sê-me simples, sem rodeios e expectativas, quero desfrutar disto. Acredito nas incontáveis partilhas que ainda não tivemos, acredito que somos ligadas à palavra, duas tagarelas que de tudo fazem tema. Daí o interesse constante. Acredito que tens muito para me ensinar, e que tenho muito com que te contemplar. Acredito que aquilo que nos envolve, não se procura, encontra-se. Desta forma disse muito, sem dizer nada. Não me limitei a pensar em consequências ou obstáculos e pareceu-me que não foi nada forçado. Estou em fase de aceitação e não de renúncia. Eis que não há promessas nem expectativas. Isto é evolução.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
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