Aquilo que era suposto separar-nos, a nossa procura e o nosso fácil discernimento em visualizar desfechos, é precisamente o que nos aproxima. E ao fugirmos daquilo que supostamente não queremos, somos encurraladas na espiral das nossas próprias palavras, no entendimento que temos, uma face à outra. Eis o que nos une. Não vou rotular nada. Não devo, não quero. Sê-me simples, sem rodeios e expectativas, quero desfrutar disto. Acredito nas incontáveis partilhas que ainda não tivemos, acredito que somos ligadas à palavra, duas tagarelas que de tudo fazem tema. Daí o interesse constante. Acredito que tens muito para me ensinar, e que tenho muito com que te contemplar. Acredito que aquilo que nos envolve, não se procura, encontra-se. Desta forma disse muito, sem dizer nada. Não me limitei a pensar em consequências ou obstáculos e pareceu-me que não foi nada forçado. Estou em fase de aceitação e não de renúncia. Eis que não há promessas nem expectativas. Isto é evolução.
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