quarta-feira, 27 de junho de 2012

XXVI

Eu disse-te - "Não fiques assim, se um dia acabar tu vais ficar bem. Eu sei que é o primeiro amor e no primeiro amor pensamos que o Mundo vai acabar, mas depois percebemos aos poucos que não, que é tolice pensar isso, ele não acaba e aprendemos a viver com a falta que a pessoa nos faz.".
E já faz um ano. 
Um ano em que o teu primeiro amor acabou.
Não perdoo os sítios onde vi o teu nome escrito em todo o lado, odeio as músicas que amava quando as ouvia contigo do meu lado, não gosto de olhar para pessoas ruivas e enerva-me ouvir uma piada que eu sei que irias adorar, não gosto de falar de arco-íris e já não gosto de passar noites à chuva, evito rever os filmes que vi contigo, via o teu facebook mais de uma vez por dia, mais de uma vez por dia o meu humor caía por causa disso, quando me falam em amor faço cara de vómito e lembro-me de ti.
Não sei se é assim que acontece com toda agente (eu acho que sim) mas talvez a necessidade de apagar tudo o que me lembrava de ti levou-me a isso, eu vivia muito para ti e de ti sabes? Acho natural a influência que se ganha com as outras pessoas; mas a dependência, era doentio, cheguei a dizer-te era doentio. 
O que eu desejei, daria tudo de mim para ficar contigo, livremente, sem coisas, sem nada, só amar amar amar - eu chegava a pedir em voz alta, no quarto, em casa - "Por favor que aconteça, que ela me ame". Faria o que fosse preciso por ti e fiz; nunca devemos implorar por um desejo, fiz um pacto que pensei que sairia a ganhar; perdi o meu descanso, consciência, sono e estabilidade só para amar-te, só para amares-me.
Eu vendi, literalmente, a alma ao Diabo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

VXI

Continuem a caminhar em fila indiana para o inferno, com as vossas drogas e bebidas para esquecer a merda que é a vossa vida, deturpem o vosso corpo para não olhar para o lixo que é a vossa mente, e o vosso coração nem existe mais. Arrastem assim para filas intermináveis de espera em hospitais a vossa família e amigos, olhem-os com aqueles olhos de sofrimento enquanto eles têm que presenciar dia após dia a decadência que é ter alguém na familía a pagar o preço caro de múltiplos erros; nada como uma morte assistida para sabermos que a melhor adição a inalar é a VIDA. 
O teu Mundo ás vezes esmaga-me...

14 de Dezembro de 2011

Gentes